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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pra que seja bom enquanto durar...

Não deve haver casamento. Não deve haver "morar junto". Não deve haver monogamia(?). Tudo bem, quanto à monogamia ainda me restam dúvidas. Sei que, se houver uma terceira pessoa, que ela exista sutilmente, "o que os olhos não vêem..."

Deve haver intimidade, troca de olhares; que dizem mais que palavras em voz alta; deve haver o novo, a empolgação (quase) igual àquela do começo da relação. Não importa se você é hétero, gay, lésbica, baixinho, gordinha, verde ou roxo, importa que seres humanos precisam disso. Não precisam de rotina, do comum e do normal. Relacionamentos perfeitos usam uma máscara para esconder sua tristeza e infelicidade.

Deve haver fogo e paixão, como já dizia o Wando (oh, my!)... já pensou naqueles casais que se tratam como pai e mãe? Dá pra se imaginar com o nosso pai? Ou com a nossa mãe? Pra mim, esse é um hábito sinistro...tenho medo dessas pessoas. E pena também...

Por falar em pena...tenho pena de quem só tem o casamento como opção. Casamentos são algo tão ultrapassados, e que ao longo da história nos foi imposto por uma instituição que se diz santa, mas que foi uma das mais ricas que já houveram. Ah, daí a mocinha engravida. Tá, e queco? Tem que casar por isso? Como se um papel fosse segurar o casal. Tudo bem, vai dar um trabalhinho divorciar-se e tudo o mais, mas é apenas isso que garante que há uma relação: o papel e as alianças. Por que sem isso, eles são completos estranhos quando se olham.

Ok. Vou encerrar repetindo algo que já disse antes: as aparências enganam; nem tudo é (e quase nunca é) o que parece. Hoje assisti ao filme "Beleza Americana", que por sinal é incrível, e encontrei nele vários exemplos para o que eu quero dizer.
Aquilo que realmente me importa, o que eu sinto profunda e intensamente dentro de mim, não é fácil de  expressar ou exibir para o mundo. Aliás, algo tão pessoal e precioso não merece que isso seja feito.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A seta e o alvo - Paulinho Moska

 Faço das palavras de Paulinho Moska as minhas para esse post (grifos meus).
 
 Eu falo de amor à vida,
Você de medo da morte.
Eu falo da força do acaso
E você de azar ou sorte.
Eu ando num labirinto
E você numa estrada em linha reta.
Te chamo pra festa,
Mas você só quer atingir sua meta.
Sua meta é a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Eu olho pro infinito
E você de óculos escuros.
Eu digo: "Te amo!"
E você só acredita quando eu juro.
Eu lanço minha alma no espaço,
Você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro
E você só lamenta não ser o que era.
E o que era?
Era a seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Eu grito por liberdade,
Você deixa a porta se fechar.
Eu quero saber a verdade
E você se preocupa em não se machucar.
Eu corro todos os riscos,
Você diz que não tem mais vontade.
Eu me ofereço inteiro
E você se satisfaz com metade.
É a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa não te espera!
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?
Sempre a meta de uma seta no alvo,
Mas o alvo, na certa, não te espera.
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?

domingo, 23 de janeiro de 2011

Conversa cotidiana entre mãe e filha ao celular



Já eram 4:30 da tarde quando meu celular tocou:


- Oi, filha!
- Oi, mãe!
- Filha, que horas fosse dormir ontem?
- Han?
- É, tu nao trabalha até uma da manhã?
- Sim, e daí?
- É que eu nao queria te acordar...
- Mãe, eu te liguei às 11:30, lembra?
- Claro!
- Então, mãe...
- Tá! Estamos chegando em floripa pra buscar tua irmã! E queríamos te ver..
- Ah, olha só, chegando no sul da ilha cuida para...
- Pera aí!! Vou por no viva-voz pro teu pai ouvir!
 - Não precisa!! É simples, presta atenção e depois tu repera para...
- Flavio, ela vai falar uma coisa importante!
- Mãe, é só porque esse horário costuma ter trânsito!
- Ahh...isso.
- Eu levei duas horas pra voltar do aeroporto um dia, por isso acho que não vai dar tempo..
 - Ela disse que não tem tempo... Teu pai quer saber se tu não come antes de trabalhar!
- O quê? Mãe, me escuta direito, por favor! Claro que eu como, mas acho q não vai dar pra comer com vocês!
- Tá...eu não entendo. Uma vez, eu fui e voltei do aeroporto em 30 minutos.
- (É, inverno, verão, é tudo igual aqui na ilha) Mãezinha,é só porque eu acho que quando vocês voltarem eu já estarei trabalhando.
- Ela tem q trabalhar e não vai poder. Marcella, não fala que vai ter trânsito, a gente acabou de pegar uma hora de fila na estrada.
- Ok...Tomara que não peguem fila..
- Tá, depois te ligo de novo para combinarmos como a gente se encontra.
- Tudo bem. Beijos, mãe...


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

“Seria o Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) homofóbico?”

E também não é para menos. Quem assistiu a alguns vídeos do político entende o porquê: suas falas estão sempre recheadas de polêmica. Trago aqui dois exemplos com relação à opinião do homem sobre homossexualidade.
O Deputado Federal Jair Messias Bolsonaro nasceu em 21 de março de 1955, e atualmente cumpre sua quinta legislatura na Câmara dos Deputados do Brasil. Ficou conhecido por suas ideias de cunho nacionalista, conservador, e pautadas por críticas ao comunismo e aos políticos de esquerda. A polêmica faz parte de sua carreira desde o começo, quando se tornou o único parlamentar brasileiro a defender o regime militar instalado na década de 60 (no sentido de que este foi necessário para impedir a implantação de um regime comunista totalitário ao estilo soviético).

O primeiro vídeo é de um debate no programa “Participação Popular”, na TV Câmara[1], cujo objetivo era discutir justamente o projeto de lei que proíbe punições corporais. Bolsonaro defendeu o uso de pequenas agressões físicas aos filhos para corrigir determinados comportamentos dos menores. Por exemplo, diz ele, se o seu filho tem um jeito de “gayzinho”, ele precisa é de alguma correção – umas palmadas ou até mesmo uma surra –, para que “aprenda” a não ser assim. A ABGLT ( Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) já começou a se manifestar. A associação entrou com um pedido no Partido Progressista (PP) para que abra um processo disciplinar contra o deputado, e afirma que ele deve ser investigado pelo conselho de ética da partido. Primeiro, é completo absurdo falar que crianças devem levar “um couro” – isso não é disciplina, é violência -, segundo, todaos nós sabemos que não se pode mudar algo que não é uma escolha. O caminho seguido pelos simpatizantes desta atitude é tornar seus filhos infelizes pois disfarçar, sim, é possível, mudar o que se é, não.

O segundo é um pronunciamento[2] indignado contra as cartilhas de combate à homofobia que (a princípio) serão distribuídas a partir deste ano nas escolas. Bolsonaro critica o conteúdo dessas cartilhas, assim como a simples menção acerca de homossexualidade dentro da escola (na verdade, o deputado utiliza o termo “homossexualismo”, já ultrapassado e muito equivocado).  Dessa vez, ele não se restringe aos gays, mas declara-se revoltado com as cenas de um beijo lésbico. Pura perversão! É também um absurdo que crianças vejam cenas nas quais um menino decide viram menina. Por quê? Serão influenciadas? Ninguém está pretendendo fazer uma lavagem cerebral nos estudantes e transformá-los em homossexuais. Penso que nenhum vídeo ou cartilha deve ser exposto sem o devido debate, para que não haja doutrinação, e sim, discussão. Recebi esse vídeo por e-mail, com a seguinte pergunta do remetente: “Seria Bolsonaro homofóbico?”. Em seguida, várias pessoas manifestaram-se contra a opinião do deputado. Infelizmente, a realidade do Brasil é justamente essa. Escolas homofóbicas, pais homofóbicos e principalmente coleguinhas das crianças ditas “diferentes” extremamente homofóbicos. Dizer que essa cartilha não só é desnecessária, como uma ofensa, é pura ignorância ou hipocrisia de Bolsonaro.