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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

“Seria o Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) homofóbico?”

E também não é para menos. Quem assistiu a alguns vídeos do político entende o porquê: suas falas estão sempre recheadas de polêmica. Trago aqui dois exemplos com relação à opinião do homem sobre homossexualidade.
O Deputado Federal Jair Messias Bolsonaro nasceu em 21 de março de 1955, e atualmente cumpre sua quinta legislatura na Câmara dos Deputados do Brasil. Ficou conhecido por suas ideias de cunho nacionalista, conservador, e pautadas por críticas ao comunismo e aos políticos de esquerda. A polêmica faz parte de sua carreira desde o começo, quando se tornou o único parlamentar brasileiro a defender o regime militar instalado na década de 60 (no sentido de que este foi necessário para impedir a implantação de um regime comunista totalitário ao estilo soviético).

O primeiro vídeo é de um debate no programa “Participação Popular”, na TV Câmara[1], cujo objetivo era discutir justamente o projeto de lei que proíbe punições corporais. Bolsonaro defendeu o uso de pequenas agressões físicas aos filhos para corrigir determinados comportamentos dos menores. Por exemplo, diz ele, se o seu filho tem um jeito de “gayzinho”, ele precisa é de alguma correção – umas palmadas ou até mesmo uma surra –, para que “aprenda” a não ser assim. A ABGLT ( Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) já começou a se manifestar. A associação entrou com um pedido no Partido Progressista (PP) para que abra um processo disciplinar contra o deputado, e afirma que ele deve ser investigado pelo conselho de ética da partido. Primeiro, é completo absurdo falar que crianças devem levar “um couro” – isso não é disciplina, é violência -, segundo, todaos nós sabemos que não se pode mudar algo que não é uma escolha. O caminho seguido pelos simpatizantes desta atitude é tornar seus filhos infelizes pois disfarçar, sim, é possível, mudar o que se é, não.

O segundo é um pronunciamento[2] indignado contra as cartilhas de combate à homofobia que (a princípio) serão distribuídas a partir deste ano nas escolas. Bolsonaro critica o conteúdo dessas cartilhas, assim como a simples menção acerca de homossexualidade dentro da escola (na verdade, o deputado utiliza o termo “homossexualismo”, já ultrapassado e muito equivocado).  Dessa vez, ele não se restringe aos gays, mas declara-se revoltado com as cenas de um beijo lésbico. Pura perversão! É também um absurdo que crianças vejam cenas nas quais um menino decide viram menina. Por quê? Serão influenciadas? Ninguém está pretendendo fazer uma lavagem cerebral nos estudantes e transformá-los em homossexuais. Penso que nenhum vídeo ou cartilha deve ser exposto sem o devido debate, para que não haja doutrinação, e sim, discussão. Recebi esse vídeo por e-mail, com a seguinte pergunta do remetente: “Seria Bolsonaro homofóbico?”. Em seguida, várias pessoas manifestaram-se contra a opinião do deputado. Infelizmente, a realidade do Brasil é justamente essa. Escolas homofóbicas, pais homofóbicos e principalmente coleguinhas das crianças ditas “diferentes” extremamente homofóbicos. Dizer que essa cartilha não só é desnecessária, como uma ofensa, é pura ignorância ou hipocrisia de Bolsonaro.



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